"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Alma que se não cansa


Se de saudade me tomasse um dia a vida,
E desta chama não mais ardesse outra beleza,
Talvez das lajes se erguesse tamanha fortaleza,
Que seria eterna, essa luz tão prometida!

Oh se desse brilho me fizesses renascer!
Como quem nasce, vindo do vazio…
Plantando amor em tal jardim baldio…
Que uma nov’alma me irias conceber!

Quando este rasgo me ficar extinto,
Virei enfim, com mais do que hoje trago…
Deixando em vão por quem eu hoje minto!

E mesmo então, lavando-me de mim,
Por estas águas, em que hoje divago…
Lutarei, ao mais profundo ego, até que não mais lhe veja o fim !

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Elgitanodetriana

Sentada em alto rochedo,
Um dia, a alma fui proclamar.
A baforadas de um algo erudito
E cachimbadas em ventos de mar.
Trocando promessas vividas,
Melodias num solto rolar.
E assim foi que lá na Boa Nova,
Nesse dia me fui reinventar!


Em conciso diálogo de génio,
Sentenças da presença de afeição.
Lá do alto do fundo do sonho,
Completando o despertar da emoção.
Discutindo, António(s),
Um Nobre de seu nome, outro de coração.

domingo, 31 de agosto de 2008

Cartas

E assim, do fundo da arca
Vem o sabor...
Do que uma vida (traz e) marca.
Do mais recondito e imortal.
Das maiores grandezas.
Da melhor existência.
Das grandes fraquezas,
Grandes paixões!
Das melancolias, rupturas e quebras sem fim.
Dos horizontes perdidos.
Das fronteiras repassadas.
Das memórias mais sofridas,
Ansiedades mais vividas.
Das mais ofegantes vidas,
Mais minhas vidas vazias.
Venho, hoje, renascer!
E, quem sabe,
Minha vida viver.

domingo, 6 de julho de 2008

Caminhando para a ascensão


Asas e minhas peles de outrém's...
Ventos meus e de ninguém,
São vidas e magias
De alguém.
Crepúsculos de quem já nada tem.

Estradas de almas rasgadas.
Ambientes,
de pedras salgadas.
Efémeros conjuntos de nadas.

Caminhando em vagas,
De utopias,
Afortunadas.

Música: The blower's daughter - Damien Rice.

sábado, 14 de junho de 2008

Paixão...

Vontade, Desejo!
Saudade latejando,
Um doce roçar de alma,
Incandescente!

Toque que desperta lascívia.
Cheiros tormentosos,
Alienados,
Enlouquecedores.

Ardor de espírito.
Gemidos agonizados,
Antecipando prazer.
Violando sentidos!
Num terno render…

quarta-feira, 4 de junho de 2008

E sinto...


Sinto-te, hoje.
Sinto-te presente.
Neste fiel momento de paz,
Sinto-te.
Hoje sinto-te.
Há muito já não te sentia assim.
Sinto-te bater cá dentro.
Descompassado de teu jeito.
Organizado.
Comigo meu amigo,
Meu amor.
Hoje, sinto-te.

(Para o meu Avô)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Abraço Amigo...


Da bruma incentivaste o sentimento,
Com o carácter de uma estima circulante,
Na saudade da boémia do momento,
O espírito de um’alma cantante!

N’este engenho de afecção de amante,
Recolho o bem-querer de terno alento.
Num enlace de curso expectante,
Nasce a amizade de gosto prazeirento.

Na subtileza de compassivo movimento,
Alojo o ânimo do estigma girante.
E com grado de virtuoso cavalgante,
Me deleito em meu vasto contentamento.

P.S. A três grandes amigos - Ana, Mónica e Nuno.




sábado, 15 de março de 2008


Sou, instintivamente,
Daquilo de que se fazem os fortes.
Amor.
Até do que se fazem os ricos.
Espírito.
Também, ainda, do que não há já
Por aí.
Sonhadores.
Sou e sonho
Que o que vejo será em mim realidade.
Menos e mais e muito
Com lealdade.


sexta-feira, 7 de março de 2008

Poderei afirmar o que sou,
Sabendo agora que o que serei,
Sendo nunca o que imaginei
Me consome ao sol,
Daquilo que jamais quererei.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Gosto de tudo o que não salta à vista mas para onde, curiosamente, a vista me salta!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que fui

Do que fui, aquando desse beijo,
Existe alguém faminto.
E nessas ceifeiras,
De amores e números,
Fomes por instinto.
Pesa-me a liberdade
Das manhãs no chão.
Pesa-me o pôr do sol,
Em voluptias de tardes sem fim.
E até a essência, ao que parece,
Persiste em gritos de recúo,
Para extasiar o que me resta de alma.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Osculo Singelo

Sou de mim e sou do mundo
Ou serei, de quem não sou?!

Sou o que sinto que sou no fundo
E que, no fundo, de todo não sou.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Corgo 19/11/2007



"A luta ansiosa pela felicidade é o que dá infelicidade a muita gente" (pelo que me fizeste pensar com isto).






Hoje preciso de um foco. De um foco e de paz. Da "tranquilidade lacinante". E preciso de ti (mesmo quando não sei quem és), preciso de ti. A melodia destes aguaceiros de alma (e hoje, temporais) mantêm-me mais perto de mim. E a questão conserva-se, Quem sou eu? Quem sou eu, nestes dias em que me conheço? Busco, "apenas" pedaços de mim. Trilhos que percorro nas rupturas. E nem sempre, quando tudo faz sentido, tudo faz sentido! Porque estes pequenos ouvidos do mundo buscam mais. Espero e espero, mais. E mais. E mais. Há uma voz dentro de mim que grita e grita por mais. "I'm taking the first steps. The first steps in faith", "Doing my best", "Giving my best", just because I BELIEVE, I believe in my fuckin' world!

P. S. [1] - A descoerência do discurso por vezes faz um sentido IMENSO.



P. S. [2] - "Na fome dos lençois, chego virgem esta noite." (pelo significado extremo que teve e tem para mim)


sábado, 5 de janeiro de 2008

Lost

Por vezes sou tão do mundo,
Que já não caibo em mim.
Tão pouco em mim cabe,
O pouco que (não) tem o mundo
E que faz parte de mim.