"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



quarta-feira, 4 de junho de 2008

E sinto...


Sinto-te, hoje.
Sinto-te presente.
Neste fiel momento de paz,
Sinto-te.
Hoje sinto-te.
Há muito já não te sentia assim.
Sinto-te bater cá dentro.
Descompassado de teu jeito.
Organizado.
Comigo meu amigo,
Meu amor.
Hoje, sinto-te.

(Para o meu Avô)

6 comentários:

RODOLPHE SALIS disse...

Lua cheia
na areia
espalhada por Yugyo

Hamagurino
Futamini wakare
Yuku akiso

Matsuô Bashô(1644-1694)Tóquio,é o mestre do haicai japonês...a tua poesia apróxima-se deste género...que é extremamente concisa e sintética...hás-de experimentar!...só tem três versos e lá tem de se expessar um sentimento localizado numa estação e local....e besos besos mas besos

O Cubo Mágico disse...

Já vivi, já morri, já explodi num arco íris de mil cores, já fui um arco íris em escala de cinzas, já estive zangado, já tive alturas em que sorri apenas porque me apetecia sorrir...

Já fui passado, sou o presente e sinceramente, tenho toda a vontade de ser o futuro, sem medo, sem sustos, sem gritos nem choros...

Sente hoje, o medo apodera-se de nós, mas há sempre algo que nos faz querer deixar de ter medo e querer que o sangue nos corra nas veias...

Gostei, mas soube-me a pouco, muito pouco...

ZRS disse...

Gracinha Gracinha... :)

Eu não experimento nada... A exaltação da minha alma é que me vai experimentando aquando da sua escrita...Sim!!! É ela que me escreve (por muito que tente, não consigo escrevê-la eu!)!!! =)

Besos :)

Edu disse...

que calma transmites nestes versos.
bonito muito bonito mesmo.
*

Ricardo Valente Pereira disse...

Poetas! :)

Anónimo disse...

Gato negro en el paseo de las delicias

Es hermoso este gato de color de paraguas
mojado por la lluvia.
Miro su deswamparo en medio de la calle,
miro la indiferencia de la gente,
miro su islita negra de terror y de asombro.

Podria tocar la noche y su silencio
si acercase mi mano a su congoja,
sentir entre mis dedos la esperanza de alguén
o quizás a Dios mismo
clamando en este gato,
en este gran olvido de los hombres.

Rafael Morales, Talavera de la Reina, Toledo, 1919 ...para ti...M...de L...num momento de saudade...