Auto - Retrato

E já nem a brisa...

Nem o sopro do mar...

Me faz de novo remontar,

Á minha tão medíocre vivência...

E assim acordei...

Perdida!!

Nas muito perdidas convicções,

Que um dia tive na vida!

E entre os nadas me elevei,

Deixando para trás tanta indigência...

E foi mesmo assim que comprovei...

A pureza de toda a minha existência!

Hey

Hey,

Não me cortes a respiração...

Não deixes de me alimentar...

Mantém pelo menos a ilusão,

De um dia nos voltarmos a encontrar...

Não corras devagar...

Apressa-te...

Para que não mais te possa alcançar..

Ou...

Demora-te em mim,

Permanece...

Até não mais te sustentar...

Hey,

Um dia irás avistar...

Beijo

É tão débil a barreira...

Tão ténue a passagem,

Que vai....

Tão secretamente...

Do tudo ao nada,

Neste sopro de alma!

*e...tenho-te a ti como paixão e loucura, impulso e magia, homem e poeta!!!

Onde??

Procuro o verde nas folhas de Outono

E o sol nas tardes de Inverno...

Procuro a luz que

Das nuvens condensadas

Que formam este tecto escuro, imerge...

Procuro paz

Em todo o meu desassossego...

Procuro vida na minha vida...

Procuro algo

Que se diz felicidade...

Sorriso

Andamos perdidos,

Girando em torno daquilo que pensamos ser o que queremos,

dos sorrisos que pensamos serem os de que precisamos...

Para quê???

Para quê procurar os sorrisos que tão depressa nos enchem a alma como logo depois a esvaziam??

Para quê??

Para quê, Se afinal os unicos que nos enchem verdadeiramente a alma...

Os unicos que vem de dentro...

Os unicos que comandamos...

Os unicos que nos pertencem.....Sao os nossos!!!

Sozinha

Fujo do vento

Que traz para o meu alcance

Todas as memórias

Que me levam de novo

Para perto de mim.

Fico escondida

No meu mundo de trevas

Onde jamais

A luz voltará a entrar.

Perco-me

Quando nem a morte da vida

No seu mais profundo sentido

Consegue fazer esquecer

A mágoa cá dentro retida.