"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Alma que se não cansa


Se de saudade me tomasse um dia a vida,
E desta chama não mais ardesse outra beleza,
Talvez das lajes se erguesse tamanha fortaleza,
Que seria eterna, essa luz tão prometida!

Oh se desse brilho me fizesses renascer!
Como quem nasce, vindo do vazio…
Plantando amor em tal jardim baldio…
Que uma nov’alma me irias conceber!

Quando este rasgo me ficar extinto,
Virei enfim, com mais do que hoje trago…
Deixando em vão por quem eu hoje minto!

E mesmo então, lavando-me de mim,
Por estas águas, em que hoje divago…
Lutarei, ao mais profundo ego, até que não mais lhe veja o fim !

6 comentários:

Anónimo disse...

fantastico!
beijo
pm

ZRS disse...

Obrigado!

E um beijinho... :)

Anónimo disse...

"Amiga...noiva...irmã...o que quiseres!
Por ti, todos os céus terão estrelas,
Por teu amor, mendiga, hei-de merecê-las
Ao beijar a esmola que me deres."...Flor Bella de Alma...para ti...pela verdade do teu poema...M... de L...

Vai saber disse...

Gostei, foi visceral, percebi algo passional no total...

Anónimo disse...

beijo...

Olivier Franconetti Benamor disse...

"semelhante aos deuses parece-me que há-de ser o feliz
mancebo que, sentado à tua frente, ou ao teu lado,
te contemple e, em silêncio, te ouça a argêntea voz
e o riso abafado do amor.Oh,- isso só -é bastante
para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o tremer
dentro do meu peito!
Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
a incendiar-me as entranhas,
Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em risos pelo corpo, um tremor(...)

Psappha, cidade de Eresos, ilha de Lesbos, 630 a.c....para a minha m.de L.