"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



domingo, 24 de fevereiro de 2008

Osculo Singelo

Sou de mim e sou do mundo
Ou serei, de quem não sou?!

Sou o que sinto que sou no fundo
E que, no fundo, de todo não sou.

11 comentários:

Anónimo disse...

Não sei bem qual seria a sua pretensão, ao agrupar estas palavras soltas, mas admiro a simplicidade das mesmas. Escreve para si, e não para os outros, o que é um conceito interessante, para quem deixa posts num blog. Sem dúvida, uma contradição. Poucas sentimentos serão tão genuinos, como aqueles que se revelam contraditórios. É tudo uma questão de autenticidade. Apesar de tudo, penso que o detalhe que realça o seu poema, é mesmo a fotografia que o acompanha. Singela, tal como as suas palavras.

Brgds/Guilherme Maria

ZRS disse...

Desde já agradeço o comentário e o tempo dispensado neste meu espaço em que me misturo de tal forma com as palavras, que com elas me deixo ficar...

Os melhores cumprimentos,

Josefa Eduarda R. S.

Isabel Victor disse...

Vi
Li

Re.li __________________________

Gostei ...


iv

Anónimo disse...

Se me permitir a ousadia, gostava de lhe perguntar quais os sentimentos impulsionadores para escrever como escreve. Eu não sei a sua idade, mas pela fotografia que se encontra disponínel neste espaço, suspeito que seja bastante jovem. Eu, que neste momento já conto com 34 primaveras, as quais considero terem sido significativamente atribuladas, não consigo atingir a sua simplicidade. Será que uma vida cheia de experiências, não serão suficientes para amadurecermos, ao ponto de tocar os outros?! Tento, mas não consigo. O defeito será meu, ou serão das vivências que experienciei? Gostava que fizesse uma análise da situação que expus.

Desde já obrigado pela sua resposta.

Brgds/Guilherme Maria

ZRS disse...

Ousadia permitida :)
Ora muito bem, os sentimentos impulsionadores... Não vou conseguir defini-los porque o espólio é muito diversificado. No entanto (e citando alguém que admiro), espero responder à sua questão com o seguinte: "Tudo o que da alma vem, dela é feito."
Já em relação à idade (a foto está um pouco desactualizada), não considero a mesma como um factor preponderante na forma de ver e/ou lidar com a vida. As experiências que tivemos entretanto, isso sim encaro como algo decisivo no nosso amadurecimento e tudo o que daí advém. Na sua situação específica e fazendo uma análise talvez pouco racional mas muito pessoal da minha parte, deixe-me dizer-lhe que existem variadíssimas formas de "tocar os outros" e, apesar de não estar a par de nada em concreto na sua vida, penso que o simples facto de se questionar já é um excelente começo. Afinal de contas, onde há uma questão há sempre uma resposta algures!

Os melhores cumprimentos,

Josefa Eduarda R.S.

Anónimo disse...

Cara Zefinha,

Permita-me agradeçer-lhe pelo tempo que dispensou a responder ao meu repto. Este foi uma forma de lhe prestar uma justa homenagem, pela forma como expressa os seus sentimentos nas palavras que me deliciam. Como deve ter entendido, apesar de já contar com uma idade algo avançada, não sou um exemplo de clarividência perante o mundo que nos rodeia. Tento ter a maior lucidez possível, para encontrar o meu caminho, num mundo em que teima em não encontrar-se comigo. Julgo que as palavras que nos saem da alma sem pedir licença, serão aquelas que mais nos permitem aproximar de nós próprios, e enveredar pelo caminho do auto-conhecimento. Não tenho medo em consultar, quem sinto que encontrou um caminho...ouso dizer que não será "o caminho", mas decerto um caminho. Agradecido pela sua disponibilidade, e desejos de mais e (ainda) melhores poemas.

Brgds/Guilherme Maria

Anónimo disse...

Eu fui tocado...

beijos
pm

ZRS disse...

Fico bastante satisfeita caro PM... Obrigado.

Os melhores cumprimentos,

Josefa Eduarda R. S.

anad disse...

Adoro o seu blog. Continue.
Anad

isabel mendes ferreira disse...

das secretas e íntimas ambivalências....


afinal do fundo mais fundo de cada um.


____________________.



gostei .do "espaço"...


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RODOLPHE SALIS disse...

"Eu escrevia silêncios, noites, eu anotava o inexprimivel.Eu fixava vertigens." Rimbaud

...a raça dos poetas possui a liberdade!