"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que fui

Do que fui, aquando desse beijo,
Existe alguém faminto.
E nessas ceifeiras,
De amores e números,
Fomes por instinto.
Pesa-me a liberdade
Das manhãs no chão.
Pesa-me o pôr do sol,
Em voluptias de tardes sem fim.
E até a essência, ao que parece,
Persiste em gritos de recúo,
Para extasiar o que me resta de alma.

3 comentários:

RODOLPHE SALIS disse...

...tudo nos falta, duma maneira indizível.Morremos de nostalgia do ser...

ZRS disse...

E quanto...quanto!!!
É até sufocante....!

Anónimo disse...

ENDZEIT

Atrás de ti o caminholuminoso
como se o abismo tivesse uma cabeleira branca.

José Tolentino Mendonça, nasc. 1965
in "a noite abre meus olhos