"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



domingo, 31 de agosto de 2008

Cartas

E assim, do fundo da arca
Vem o sabor...
Do que uma vida (traz e) marca.
Do mais recondito e imortal.
Das maiores grandezas.
Da melhor existência.
Das grandes fraquezas,
Grandes paixões!
Das melancolias, rupturas e quebras sem fim.
Dos horizontes perdidos.
Das fronteiras repassadas.
Das memórias mais sofridas,
Ansiedades mais vividas.
Das mais ofegantes vidas,
Mais minhas vidas vazias.
Venho, hoje, renascer!
E, quem sabe,
Minha vida viver.

7 comentários:

Navegar é preciso.. disse...

Zefinha,

Amei a densidade de tuas poesias.
Sucesso!

RODOLPHE SALIS disse...

MI ESTRELLA

Tú eres mi estrella,
tú mi sol
que descendiste
entre los ángeles.

Quiero vivir
en el barrio más alejado
porque allí podre ver
con frequencia a Maria Ignacia.

Apenado
está mi corazón
porque pronto
he de alejarme de tu lado.

IPARRAGUIRRE (1810-1881)...PARA TI...o teu poema é lindo!

ROSA E OLIVIER disse...

"cada beso bautizado
crea nuevas primaveras
donde nace y donde muere
una Rosa verdadera."...!?...para ti...

seria com enorme prazer que editaria na NAVE um poema teu!...permites?

ZRS disse...

Seria com enorme prazer meu :)

Deixo entao ao vosso criterio a escolha do dito poema... :)

Beijinhos e obrigadas e perdoem me esta minha ausencia mais prolongada :)

Anónimo disse...

ANTÓNIO

Que noite de Inverno! Que frio, que frio!
Gelou meu carvão:
Mas boto-o á lareira, tal qual pelo estio,
Faz sol de verão!....

....
Ás noites, rezava(e rezo ainda agora)
ao pé da lareira.
(A chuva gemente caía lá fora,
Fervia a chaleira...)...
...
Ao dar meia-noite no cuco da sala,
Batiam:"Truz! truz!,
E o Avô que dormia, quietinho na vala,
Entrava, Jesus!...
...
Ó Lua encantada no fundo do poço,
Moirinha da Mágoa!
O balde descia, quimeras de moço!
Trazia só água...(sou médium:evoco-os, noite em
meio!
Vós não acreditais, eu sei-o...
Deixá-lo não acreditar.)...
...
Os outros rapazes furtavam os ninhos
com ovos a abrir;
Mas eu mercava-lhes os bons passarinhos,
Deixava-os fugir...
...
E a velha Carlota, revendo-me agora
Tão pálido, diz:
"Meu pobre menino! que nossa senhora
Fez tão infeliz..."

António Nobre...para ti...M...de Leça...

ROSA E OLIVIER disse...

"Velas do meu pensamento
aonde me quereis levar?"...!?...

para ti...

Vai saber disse...

É um "lamento", e não aguento passar por aqui que nem vento e não escrever sobre este singelo e sincero documento...