"Todas as coisas continuam para sempre. Quem não acredita em Deus, acredita na eternidade das pedras e nao na dos sentimentos. Eu acredito na continuidade das coisas que amamos, acredito que para sempre ouviremos o som da água no rio onde tantas vezes mergulhamos, para sempre seremos a brisa que entra e passeia pela casa, para sempre deslizaremos atravás do silencio das noites quietas em que tantas vezes olhamos o céu e interrogamos o seu sentido. Nisto eu acredito, na veemência destas coisas sem princípio nem fim, na verdade dos sentimentos nunca traídos" Miguel Sousa Tavares in Nao te deixarei morrer, David Crocke

(Biográfico em mim)



domingo, 19 de fevereiro de 2023

Liberdade (out of poetry)

 


Sê livre quanto podes, vive livremente, nessa ânsia de que os dias não acabem… E se na tua liberdade não puderes colocar tantos quantos cabem, sê livre, também na escolha do que aprouver.

E nesse(s) caminho(s) de que fazes a vida, sê tu e sê feliz, essa é a prova primordial da existência humana.

É premente colocar vida na vida, sorrisos nas vidas que nos habitam e ser sol em dias nublados.

Sejamos luz nesta jornada de amor que tantos teimam em fazer difícil. Há o que é nosso e o que é do outro, certamente, pelo que é nosso somos responsáveis na nossa liberdade. Façamos dessa liberdade um mundo melhor, certos de que nada é passível de voltar atrás no tempo.



domingo, 13 de fevereiro de 2022

Alma



Alma mãe 

Doce e salgada

Cortada pela alvorada

Dela és senhora e escrava.


Alma mãe 

Subtil e forte 

Nada há que a conforte.


Alma mãe

Pequena e frágil 

Que de dor se tornou ágil 

Volta enfim

Regressa à tua margem.


Doce encanto 

Passas por quanto 

Repentinamente uma miragem.


Feliz filha com bagagem

Haja coragem

Força e foco. 

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Vens...



Vens...
Da magnânime representação do sonho em mim...
Do silêncio da música...
Da música do teu silêncio sem fim...
Da excelência do tudo...
Na ousadia do nada..., Assim...
Vens...
Da eminente ligação consagrada...
Das insígnias... Marcadas pela sofreguidão...
Das demandas... Por uma ânsia almejada...
Da utopia longínqua da solidão...
Vens... desencarcerar a alma esquartejada...
Da existência vazia... para toda a emoção...
Da negação...para a psique desejada...
Do fundo do nada... para a imensidão...
Vens... cheio de tudo e de nadas...
Fazer valer... almas destinadas...

(Listening to Enya)

terça-feira, 19 de julho de 2011

Pássaros...

Nessa janela amarela, verde, azul…

Pássaros há…!

Fortuitas visitas nos fazem,

De quando a quando,

Ainda que neste rio não possam nadar.

Passeiam-se livres,

De ir e voltar.

E assim, neste prado vêm rebolar.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

L’éternité



-->
Eis o rasgar que me inunda
De um’a outra tirada de vida.
Rendição a uma ânsia desmedida
D’uma alma em nada pequenina,
A uma alma em nada desprendida.




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Vida...na vida...!



Quero viver, amar, sentir…
Quero esta sede de mim,
Esta sede de vida…!
Quero a areia nos pés, a brisa do mar…
Sentir o sangue correr-me nas veias…!
Quero-te o cheiro….o sabor…
Deixar que a vida me leve com fervor…!
Quero o sol alto….a minha esteira…
Quero estar sempre…sempre…inteira…!
Quero o ar…esse que respiro…
Retirar-me a vida num suspiro…!
Quero abertura…liberdade…
Para que da vida sempre reste saudade…!
Quero as ruas…quero o mundo…
Sentir-me o pulso a cada segundo…!
Quero esse céu estrelado…
Poder gritar a este peito abafado…!
Quero perder-me, na ilusão…
Sentir bater o coração…!
Quero ter vontade…
Deixar-me morrer de ansiedade…!
Quero o amor…
Deixar-me perder neste ardor…!
Quero a verdade…
Deixar para trás qualquer comodidade…!
Quero a paixão…
Cair-lhe na palma da mão…!
Quero o momento…
Embrulhar-me neste batimento…!
Eu quero o ar…
Deixar-me nele mergulhar…!
Quero o dito e o não dito…
Dar vida a esta sede de infinito…!
Quero a vida…
Vivê-la de forma sentida…!

sábado, 31 de janeiro de 2009

Para lá...


Busco-te, deliberadamente…!
Busco-te…
Intensionalmente…provocantemente…!
Busco-te…para lá das memórias, ilusões?!
Para lá do eu..do tu…de…
Para lá do sentir, do viver…

E…enquanto poeta, e por si só,
Sendo muito mais mulher do que humana,
Quero…quero-me…quero-te..quero!


[Música: I remember - Damien Rice]

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Alma que se não cansa


Se de saudade me tomasse um dia a vida,
E desta chama não mais ardesse outra beleza,
Talvez das lajes se erguesse tamanha fortaleza,
Que seria eterna, essa luz tão prometida!

Oh se desse brilho me fizesses renascer!
Como quem nasce, vindo do vazio…
Plantando amor em tal jardim baldio…
Que uma nov’alma me irias conceber!

Quando este rasgo me ficar extinto,
Virei enfim, com mais do que hoje trago…
Deixando em vão por quem eu hoje minto!

E mesmo então, lavando-me de mim,
Por estas águas, em que hoje divago…
Lutarei, ao mais profundo ego, até que não mais lhe veja o fim !

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Elgitanodetriana

Sentada em alto rochedo,
Um dia, a alma fui proclamar.
A baforadas de um algo erudito
E cachimbadas em ventos de mar.
Trocando promessas vividas,
Melodias num solto rolar.
E assim foi que lá na Boa Nova,
Nesse dia me fui reinventar!


Em conciso diálogo de génio,
Sentenças da presença de afeição.
Lá do alto do fundo do sonho,
Completando o despertar da emoção.
Discutindo, António(s),
Um Nobre de seu nome, outro de coração.

domingo, 31 de agosto de 2008

Cartas

E assim, do fundo da arca
Vem o sabor...
Do que uma vida (traz e) marca.
Do mais recondito e imortal.
Das maiores grandezas.
Da melhor existência.
Das grandes fraquezas,
Grandes paixões!
Das melancolias, rupturas e quebras sem fim.
Dos horizontes perdidos.
Das fronteiras repassadas.
Das memórias mais sofridas,
Ansiedades mais vividas.
Das mais ofegantes vidas,
Mais minhas vidas vazias.
Venho, hoje, renascer!
E, quem sabe,
Minha vida viver.

domingo, 6 de julho de 2008

Caminhando para a ascensão


Asas e minhas peles de outrém's...
Ventos meus e de ninguém,
São vidas e magias
De alguém.
Crepúsculos de quem já nada tem.

Estradas de almas rasgadas.
Ambientes,
de pedras salgadas.
Efémeros conjuntos de nadas.

Caminhando em vagas,
De utopias,
Afortunadas.

Música: The blower's daughter - Damien Rice.

sábado, 14 de junho de 2008

Paixão...

Vontade, Desejo!
Saudade latejando,
Um doce roçar de alma,
Incandescente!

Toque que desperta lascívia.
Cheiros tormentosos,
Alienados,
Enlouquecedores.

Ardor de espírito.
Gemidos agonizados,
Antecipando prazer.
Violando sentidos!
Num terno render…

quarta-feira, 4 de junho de 2008

E sinto...


Sinto-te, hoje.
Sinto-te presente.
Neste fiel momento de paz,
Sinto-te.
Hoje sinto-te.
Há muito já não te sentia assim.
Sinto-te bater cá dentro.
Descompassado de teu jeito.
Organizado.
Comigo meu amigo,
Meu amor.
Hoje, sinto-te.

(Para o meu Avô)

terça-feira, 13 de maio de 2008

Abraço Amigo...


Da bruma incentivaste o sentimento,
Com o carácter de uma estima circulante,
Na saudade da boémia do momento,
O espírito de um’alma cantante!

N’este engenho de afecção de amante,
Recolho o bem-querer de terno alento.
Num enlace de curso expectante,
Nasce a amizade de gosto prazeirento.

Na subtileza de compassivo movimento,
Alojo o ânimo do estigma girante.
E com grado de virtuoso cavalgante,
Me deleito em meu vasto contentamento.

P.S. A três grandes amigos - Ana, Mónica e Nuno.




sábado, 15 de março de 2008


Sou, instintivamente,
Daquilo de que se fazem os fortes.
Amor.
Até do que se fazem os ricos.
Espírito.
Também, ainda, do que não há já
Por aí.
Sonhadores.
Sou e sonho
Que o que vejo será em mim realidade.
Menos e mais e muito
Com lealdade.


sexta-feira, 7 de março de 2008

Poderei afirmar o que sou,
Sabendo agora que o que serei,
Sendo nunca o que imaginei
Me consome ao sol,
Daquilo que jamais quererei.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Gosto de tudo o que não salta à vista mas para onde, curiosamente, a vista me salta!

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que fui

Do que fui, aquando desse beijo,
Existe alguém faminto.
E nessas ceifeiras,
De amores e números,
Fomes por instinto.
Pesa-me a liberdade
Das manhãs no chão.
Pesa-me o pôr do sol,
Em voluptias de tardes sem fim.
E até a essência, ao que parece,
Persiste em gritos de recúo,
Para extasiar o que me resta de alma.

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Osculo Singelo

Sou de mim e sou do mundo
Ou serei, de quem não sou?!

Sou o que sinto que sou no fundo
E que, no fundo, de todo não sou.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Corgo 19/11/2007



"A luta ansiosa pela felicidade é o que dá infelicidade a muita gente" (pelo que me fizeste pensar com isto).






Hoje preciso de um foco. De um foco e de paz. Da "tranquilidade lacinante". E preciso de ti (mesmo quando não sei quem és), preciso de ti. A melodia destes aguaceiros de alma (e hoje, temporais) mantêm-me mais perto de mim. E a questão conserva-se, Quem sou eu? Quem sou eu, nestes dias em que me conheço? Busco, "apenas" pedaços de mim. Trilhos que percorro nas rupturas. E nem sempre, quando tudo faz sentido, tudo faz sentido! Porque estes pequenos ouvidos do mundo buscam mais. Espero e espero, mais. E mais. E mais. Há uma voz dentro de mim que grita e grita por mais. "I'm taking the first steps. The first steps in faith", "Doing my best", "Giving my best", just because I BELIEVE, I believe in my fuckin' world!

P. S. [1] - A descoerência do discurso por vezes faz um sentido IMENSO.



P. S. [2] - "Na fome dos lençois, chego virgem esta noite." (pelo significado extremo que teve e tem para mim)


sábado, 5 de janeiro de 2008

Lost

Por vezes sou tão do mundo,
Que já não caibo em mim.
Tão pouco em mim cabe,
O pouco que (não) tem o mundo
E que faz parte de mim.


terça-feira, 30 de outubro de 2007

Crónicas de Vidas (out of poetry)

"E por quanto se vende a alma?
Pouco meus amigos...
Nada, meus queridos...
Mundo negro de encontros nada casuais!
Sou como todos os outros
E inquietantemente diferente dos demais.
Deito-me comigo, 'Everyday'...
Acordo convosco, 'Anyway'!

(Mundana)

Música: [] nr 5 para sigur ros'ienses'

Roda Viva (out of poetry)

"Um dia irei ao além
E também de lá voltarei...
Porque este caminho que percorro
Nunca me deixará, eu sei...
Procuro lacinantes momentos
Vivo-os de forma incessante...
Sou prisioneira do pensamento
E arquitecta do meu condicionamento...
Viajo por sonhos vividos
Emoções e furacões de sentidos
Já fui copiosos Nadas,
Defronto-me entre manadas!"
(Porque nem sempre a poesia solta os fantasmas...)

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

O pôr do mar de magia (the special place…)

São nesses segundos de música
Que me liberto…
E é mesmo lá que me perco…
Nos instante de ilusão perdida,
Os espaços de fantasia são ténues
E ténues são as horas de magia.
Encontrei nas pedras lembranças
E nas estrelas, nas estrelas encontrei
Coisas de um dia…
Sussurros de uma alma sombria...

*"E começo a sentir saudades dele e dá-me para me lembrar do seu riso.E pronto,encalhei aqui e não me apetece q me venham salvar."


segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Mundo...


Sou do Mundo...
Sou de momentos.
Intensidades de remoinhos de sentimentos.
Perdidamente apaixonada
por mim e por outrém's,
pela vida!
Neste instante!
Hoje e sempre
e se um dia partir!
Gosto de olhares perdidos,
Sorrisos enternecidos,
Abraços sentidos.

(to be continued...)

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Nesse Cais

Trilhos bastante perdidos...
Encontros de sonhos vividos,
E realidades já ultrapassadas.
Nesses reconditos e escondidos
Cantinhos do mundo, me fecho.
Em caminhadas dançadas,
Entre percursos sofridos
E melodias idealizadas.
Por essas terras de outrém,
Me enchi de nadas!
E com a sensibilidade
De uma alma já ousada, me perco.
Assim me fiz neste cais...
E é assim, que me liberto!

* Para uma GRANDE (e única) amiga, que esta sempre no cais ao meu regresso ;)